Ela também apontou falta de distribuição do suplemento Ensure desde fevereiro
Na Sessão Ordinária da última segunda-feira (5), a vereadora Cintia Yamamoto foi à tribuna e cobrou transparência na utilização dos R$ 500 mil devolvidos pela Câmara de Tatuí à Prefeitura de Tatuí, além de apontar a falta de distribuição do suplemento Ensure desde fevereiro.
Ela iniciou falando sobre o Requerimento 1634/2025, feito em conjunto com os vereadores João Eder, Bossolan da Rádio, Márcio do Santa Rita e Maurício Couto, onde questionam se os R$ 500 mil devolvidos pela Câmara de Tatuí à Prefeitura de Tatuí já estão disponíveis para uso pela Secretaria da Saúde. Eles pedem também o plano de trabalho a ser executado e os prazos. “Requerimento que colocamos sobre o recurso de R$ 500 mil do repasse da Câmara para a aquisição de remédios. A gente precisa tratar com transparência esse assunto, ainda mais que houve a ‘dança das cadeiras’ na Secretaria e tiraram o secretário da Saúde. Precisamos saber se o novo secretário vai honrar com o compromisso, da mesma forma que o antigo tinha honrado, ou se ele só vai lá para ‘puxar o saco’ do prefeito”, ressaltou a vereadora.
Cintia Yamamoto também comentou sobre o Requerimento 1688/2025, de sua autoria, onde pede informações sobre a falta de distribuição do suplemento Ensure desde fevereiro, qual o motivo da interrupção, a previsão para regularização e por que os pacientes não estão recebendo informações sobre o atraso. “Mais um atraso, mais uma questão em que a gente vê o quanto a população está sofrendo. Hoje mesmo vimos as merendeiras que vieram à Câmara por conta de atrasos com empresas. Elas trabalharam e não receberam. Passaram o feriado todo sem o salário e hoje vieram aqui. Foi muito triste e só pagaram porque elas falaram que entrariam em greve”, apontou a vereadora.
Em seguida, subiu o tom para destacar suas cobranças ao Executivo. “Enquanto o prefeito vive de aparências, a população vive de sofrimento. Isso é muito triste. Fica aqui o meu questionamento. Falta tudo. Falta saúde, falta respeito, mas por gentileza, prefeito, pare de ser ‘sem vergonha’ e desrespeitoso. Honre com o seu compromisso e tente consertar [os erros] que você mesmo fez na Prefeitura, seu covarde.”
Ao término da fala, Cintia Yamamoto reiterou seu apoio à Guarda Civil Municipal e concedeu aparte ao vereador João Eder, que comentou sobre o episódio relatado na Sessão Ordinária anterior e a Moção de Apoio 197/2025, à GCM, proposta pelo vereador Leandro Magrão e assinada também pelos vereadores Rosana do Supermercado, Elaine Miranda, Eduardinho Perbelini, Ricardo Trevisano, Vade Manoel, Micheli Vaz, Paulinho Motos e Gabriela Xavier. “O tempo é curto, mas em especial ao vereador Leandro Magrão, autor dessa Moção, que acredito ter sido motivada em razão da minha fala na semana passada, gostaria de esclarecer duas coisas importantes. A primeira é que não foi uma afirmativa e no início até falo assim: ‘Se procedente for’. E a segunda é que, diferentemente do que foi colocado na justificativa, não se trata de um questionamento ou algo relacionado à conduta da corporação, mas sim de um ato específico como foi relatado”, explicou João Eder.
Logo após o encerramento do tempo, o presidente da Câmara, vereador Renan Cortez, concedeu o uso da palavra “pela ordem” ao vereador Leandro Magrão, por ter sido citado pelo vereador João Eder. Leandro Magrão respondeu que utilizaria o tempo regimental na tribuna para falar sobre o tema.